Aquela velha casa, era tudo que eles tinham, conquistado com muito esforço. Em um tempo em que as coisas não eram fácies. Trabalhavam, sempre de bem com a vida, vendendo frutas e verduras na feira. Eram felizes com a sua simplicidade.
Sem muito luxo, mas com amor ao redor dos filhos: Paulo Sergio e Sergio Paulo, nomes sugeridos pelo pai seu Severiano Dantas e repetido pela mãe a senhora Amélia Dantas. Os filhos, estudaram e cresceram e tudo que vestiam e comiam, eram retirados dali, da banca de frutas e verduras dos pais. Estudaram em bons colégios e a cada dia ficavam mais forte e perto da formatura.
Concluíram os estudos e foram morar fora do país, já doutores e em meios a muita correria da vida não davam atenção merecida aos pais. Que ficaram na cidadezinha, levando a sua rotina diária, poucas visitas e a distância, dos filhos, machucavam o coração do casal.
Os velhos ficaram bastante doentes, pois, as saúdes frágeis não lhe permitiam trabalhar e acabaram falecendo. Seus filhos foram avisados sobre o sepultamento dos pais. Casal de feirantes, que se dedicou a vida inteira para criar e educar os filhos e morrem praticamente abandonados. Queridos na feira, pelos amigos de muitos anos de labuta juntos nas mais diversas situações de doarem até parte do que tinha para ajudarem os outros feirantes.
Dias após o sepultamento do casal de idosos, os filhos se desfizeram da barraca de feira dos pais. Aquela barraca, que lhe renderam frutos, muito amor, felicidade e o sustento dos dois filhos doutores e de várias bondades feitas pelo casal. Ao povo que ali pediam e viviam. Hoje a feira, se tornou um lugar triste e com um enorme vazio, sem a presença desses nobres feirantes batalhadores e de coração grandioso , e hoje só resta aquele velha casa abandonada de portas cinzas e paredes amarelas .
CSF
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